domingo, 22 de novembro de 2015

Este blog pode e deve ser compartilhado não só para professores, mas para as famílias. 
Ler um livro junto de suas crianças é uma união sublime e Divina. 
Estimular a inteligência emocional em convívio familiar é sabedoria Divina.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ANGELLA LEMOS E NUVEM MIXIRICA ...INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COM FOLCLORE..INDÍGENAS..ESCRAVOS...E MUITO MAIS....

aqui tem dois livros que estimulam a Inteligência Emocional que além de lhe oferecer temas tão ricos para um trabalho em classe, há também um contexto recheado de valores: cooperação, compreensão, harmonia, beleza, ordem, dedicação, amizade, prudência, paz, bondade, justiça, amor, obediência, atenção, compartilhamento, devoção, generosidade, fraternidade. Confiram... os livros completos estão postados no mês de agosto de 2014. Com carinho, Angella Lemos.










e


leiam e pratiquem .... há explicações que ajudam a utilizar os livros. 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

continuação do livro "AS VIAGENS DA NUVEM MIXIRICA" Ed.ST5 - autora Angella Lemos... que foi postado em agosto.14.... da página 1 à 35.... aqui estão as páginas 36 a 51...

 p.36
As observações abaixo de algumas páginas tem o propósito de facilitar a explicação da leitura para suas crianças, pois a intenção da autora é de despertar a inteligência emocional do leitor. Portanto as legendas em determinadas páginas levam o leitor/narrador à maior clareza do significado da intenção da autora. 
E assim quando a sua intenção for de despertar na sua criança, uma das qualidades que cito, é só ler o trecho da história da Nuvem Mixirica. Grata, com carinho Angella Lemos.




              (Inezita Barroso nas páginas do  LV: 36 a 44)

 p.37
 p.38
 p.39
 p.40
 p.41
 p.42
 ...CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 43 (a última linha que cortou),.  (..."contando a mim e aos nossos amiguinhos leitores faz parte do folclore brasileiro.")


 (partitura para violão da música Nuvem Mixirica... página 43.

 p.44
 p.45
desperta o interesse em conhecer melhor a disciplina de Geografia, estimulando a avançar muito além da obrigação de aprender;
fundo do mar – fantasia e realidade se fundem informando e divertindo
consciência das conseqüências da poluição das praias pelos banhistas, dos oceanos pelos navios petroleiros e outras embarcações como os  barcos pesqueiros  que abandonam redes, linhas e anzóis a esmo pelas águas que acabam ferindo e matando os animais aquáticos;
reconhecimento das conseqüências graves ao equilíbrio do Planeta causada pela caça predatória às baleias, golfinhos e outros animais aquáticos ;
curiosidade da vida do cavalo-marinho;
      

 p.46
fundo do mar – fantasia e realidade se fundem informando e divertindo
consciência das conseqüências da poluição das praias pelos banhistas, dos oceanos pelos navios petroleiros e outras embarcações como os  barcos pesqueiros  que abandonam redes, linhas e anzóis a esmo pelas águas que acabam ferindo e matando os animais aquáticos;
reconhecimento das conseqüências graves ao equilíbrio do Planeta causada pela caça predatória às baleias, golfinhos e outros animais aquáticos ;
curiosidade da vida do cavalo-marinho;



 p.47
fundo do mar – fantasia e realidade se fundem informando e divertindo
consciência das conseqüências da poluição das praias pelos banhistas, dos oceanos pelos navios petroleiros e outras embarcações como os  barcos pesqueiros  que abandonam redes, linhas e anzóis a esmo pelas águas que acabam ferindo e matando os animais aquáticos;
reconhecimento das conseqüências graves ao equilíbrio do Planeta causada pela caça predatória às baleias, golfinhos e outros animais aquáticos ;
curiosidade da vida do cavalo-marinho;



 p.48
fundo do mar – fantasia e realidade se fundem informando e divertindo
consciência das conseqüências da poluição das praias pelos banhistas, dos oceanos pelos navios petroleiros e outras embarcações como os  barcos pesqueiros  que abandonam redes, linhas e anzóis a esmo pelas águas que acabam ferindo e matando os animais aquáticos;
reconhecimento das conseqüências graves ao equilíbrio do Planeta causada pela caça predatória às baleias, golfinhos e outros animais aquáticos ;
curiosidade da vida do cavalo-marinho;
noção de cidadania (estimulo à participação na conscientização da preservação das praias);
reconhecimento da necessidade da reciclagem de materiais;
      
 p.49
noção de cidadania (estimulo à participação na conscientização da preservação das praias);
reconhecimento da necessidade da reciclagem de materiais;

      
 p.50
através das músicas aqui expostas podemos nos livrar das emoções negativas;
consciência da necessidade de se ter pensamentos positivos, livre de rancores, de mágoas;
consciência da possibilidade de se amar,aprovando-se, perdoando-se, perdoando, reciclando pensamentos;
reconhecimento do Poder de Deus e na necessidade de agradecê-lo pela vida que Ele nos oferece;
consciência de que a leitura constante de frases que possam estimular nossas virtudes, nos levam a combiná-las com os valores vivenciados e interligados, permitindo-nos reconhecer nossas emoções em determinadas situações do dia-a-dia compreendo-as e equilibrando-as evoluindo assim nossa Inteligência Emocional.;
reconhecimento da seriedade dessa alquimia no interior de cada um na transmutação de vícios, adquirindo uma qualidade de vida melhor;
reconhecimento que o som musical proporciona bem estar;
reconhecimento que a música oferece melhor estímulo para a auto-estima, pois cantarolando as frases ricas em valores levam o indivíduo a obter autonomia e autocontrole à sua personalidade;
     
      
 p.51
desperta o interesse em conhecer melhor a disciplina de Geografia, estimulando a avançar muito além da obrigação de aprender;
noção do modo de ecossistema nos pólos;
reconhecimento de uma banquisa;
consciência da vida dos pingüins e focas;
consciência e estimulo em conhecer a ligação que há através das correntes marítimas entre os diferentes oceanos de nosso Planeta;
      
      
p.52
consciência de que Deus é a Força Interior e Exterior; 

reconhecimento de que a Força de Deus esta sempre presente, mas só a sentimos e a  percebemos quando estamos em harmonia e em equilíbrio, isto é com a Fé no coração;
identificar as conseqüências da poluição do ar para a saúde humana;
desperta o interesse em conhecer melhor a disciplina de Geografia e História, estimulando a avançar muito além da obrigação de aprender;
consciência de que há tribos indígenas reais isoladas do homem branco em regiões da Amazônia, recusando todo tipo de contato;
identificar as conseqüências da poluição do ar para a saúde humana


....
breve postarei as próximas páginas... grata!
Com carinho Angella Lemos e Nuvem Mixirica.

PÁGINA 36 A 51 DO LIVRO "AS VIAGENS DA NUVEM MIXIRICA" Ed.ST5 - de Angella Lemos




















sexta-feira, 9 de outubro de 2015

ARTIGO DO PROJETO DE PESQUISA “DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E COMPORTAMENTO: carência afetiva das crianças na Educação Infantil”


UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
PEDAGOGIA
7º SEMESTRE




ARTIGO DO PROJETO DE PESQUISA
“DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E COMPORTAMENTO: carência afetiva das crianças na Educação Infantil”



                                         MARIA ANGELA LEMOS -                      RA-2005762296
                                         RAQUEL GAMA DA ROCHA -                RA-2043107120
                                         ROSELI BONICONTRO CRUZ ROSA-  RA-2040969773


SÃO PAULO
                                                          JUNHO – 2013

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
    




                                       
                                       
                                         MARIA ANGELA LEMOS                        RA-2005762296
                                         RAQUEL GAMA DA ROCHA -                RA-2043107120
                                         ROSELI BONICONTRO CRUZ ROSA   RA-2040969773
                                       
      

Artigo do Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP como requisito obrigatório para cumprimento da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso.





SÃO PAULO
JUNHO – 2013





Tema: Inteligência emocional – desenvolvimento emocional e comportamento
Ao pensar em proporcionar um bem-estar às crianças entre 3 e 4 anos dentro da escola de Educação Infantil para uma eficiente aprendizagem, nos preocupamos em resolver a problemática causada pela carência afetiva constante. Pois ela pode gerar transtornos emocionais, medos, insegurança ou depressão que prejudicam a concentração e aproveitamento  de aprendizagens ao longo da vida. Este artigo tem como objetivo expor os benefícios do estímulo da inteligência emocional com a educação emocional para esse diagnóstico, mas pode ir, além disso! Declara também a importância em preparar as crianças, desde a tenra idade a lidar com sentimentos negativos e positivos desenvolvendo a competência emocional. Para a prática dessa benfeitoria é proposto um programa com uma metodologia de maneira interdisciplinar. Essa é uma nova estratégia para fundir aprendizagens de cada área do ensino com as emoções. Expomos que a teoria-prática  em algumas oficinas, creches e escolas infantis públicas e particulares contribuiu para resultados transformadores na habilitação das mentes para educar as emoções, verificando grande contribuição na estabilidade emocional e descontração, isto é, essas crianças permaneciam em estado de relaxamento, confiança e bem-estar dentro da escola mesmo longe de seus pais por extensos períodos, melhorando a olhos vistos a qualidade do processo de ensino-aprendizagem e expandindo esse comportamento dentro do seio familiar e social.

Palavras Chaves: inteligência emocional, Educação Infantil, família, carência afetiva, competência emocional, cidadão.





ABSTRACT   

Subject: Emotional intelligence – emotional and behavior development.
When we think of providing welfare for optimizing learning to 3 and 4-year-olds during early childhood education, we usually focus on solving the problems caused by the lack of constant affection, since the latter can generate emotional disorders, fears, insecurity or depression that impair concentration, and lifelong learning. This article aims at explaining the benefits of the emotional intelligence stimulus along the emotional education for the above diagnosis, but it can go even further! It also states the importance of preparing children from a young age to deal with negative feelings and develop positive emotional competence. In order to put such improvement into practice, a program with an interdisciplinary methodology is proposed. This is a new strategy that fuses learning from each area of teaching with emotions. We claim that the theoretical practice held in some workshops, kindergarten centers, as well as public and private nursery schools in much contributed to transforming outcomes in activating minds to educate emotions. In fact, it accounts for great contribution to emotional stability and relaxation, that is, these children remained in a state of relaxation, confidence and well-being within the school itself, even when away from their parents for extended periods of time, improving the teaching-learning process, and expanding the patterned behavior to family and society.

Key words: Emotional Intelligence, kindergarten, family, lack of affection, emotional competence, citizen.





INTRODUÇÃO                

                   Testemunhamos situações de conflitos que causam transtornos na sala de aula dentro da Educação Infantil. Muitos desses tumultos têm origem por sentimentos negativos provocados pela carência afetiva em decorrência do tempo prolongado longe dos pais. Muitas crianças permanecem em tempo integral na escola e esses sentimentos de carência afetiva tendem a arraigarem-se causando transtornos emocionais, insegurança que conduzem a medos, tristeza que levam à depressão prejudicando consideravelmente a concentração e o aproveitamento do aprendizado ao longo da existência.

                   Este artigo vem mostrar que nós educadores ao possibilitarmos às crianças, especificamente de 3 a 4 anos como princípio, condições para o reconhecimento das emoções, saberão como lidar com elas e poderão transformá-las para o seu bem estar, iniciando ai o desenvolvimento do equilíbrio e aptidão emocional apesar da tenra idade. 

                  Diante disso, verifica-se a importância da efetivação de um programa de alfabetização emocional para crianças da Educação Infantil, desde os 3 anos de idade, com a finalidade de ativar as funções mais admiráveis da inteligência, que dentre elas destacam-se a reflexão, a autoestima, a empatia, o autoconhecimento, não necessariamente nesta ordem, no sujeito desde sua primeira infância. O docente cônscio do valor da educação emocional para seus alunos poderá aplica-la de maneira interdisciplinar na vida escolar de suas crianças.

Em suma, o projeto ideal dos programas de alfabetização emocional é começar cedo, ser apropriado à idade, cobrir todo o tempo de escolaridade e entremear os trabalhos na escola, em casa e na comunidade. (GOLEMAN, 1996, p.295).


                  
                  A competência emocional sendo cultivada desde a primeira infância, a criança aprende a observar suas emoções negativas como aprendizado, perceberá que suas reações diante de situações emocionalmente negativas comprometem o que a cerca,  essa percepção evoluirá no decorrer do seu crescimento produzindo efeitos positivos no seu temperamento e na formação do seu caráter, gerando aí um cidadão emocionalmente saudável. E enquanto  sujeito consciente dos seus aspectos emocionais reconhecerá suas características sociais e fisiológicas o que permitirá a aceitação de suas limitações e estará apto a transformá-las para sua evolução enquanto cidadão em busca de melhor qualidade de vida.

Não tenhais medo da incompreensibilidade, até de sentenças inteiras! Vossa fisionomia, a entonação de vossa voz e o intuitivo desejo dos discípulos de compreender deixará clara uma metade, e o tempo fará com que acabem compreendendo a segunda. (....)  Se um menino de oito anos, com linguagem formada, é compreendido por outro de três anos, por que, em vossa maneira de falar-lhe, quereis descer a um balbucio? Estejai sempre alguns anos à frente ao falar (os gênios, quando nos falam em seus livros, se nos adiantam em séculos); falai com a criança de um ano como se esta tivesse dois, e com esta como se tivesse seis,(...)   (PAUL apud STEINER 1996 p.35-36)


                  Diante disso, verifica-se a importância da efetivação de um programa de alfabetização emocional para crianças da Educação Infantil, desde os 3 anos de idade, com a finalidade de ativar as funções mais admiráveis da inteligência, que dentre elas destacam-se a reflexão, a autoestima, a empatia, o autoconhecimento, não necessariamente nesta ordem, no sujeito desde sua primeira infância.

                  Partindo desta reflexão, pesquisamos e comprovamos que o perfil de uma criança que tem estímulo dessas funções da inteligência é peculiar por desenvolver um preparo adequado ao enfrentar as adversidades do dia-a-dia. Essa criança apresenta, também, características físicas saudáveis, bom desempenho na aprendizagem, suas relações intrapessoais não oferecem problemas de violência, relaciona-se com crianças da sua idade com facilidade, sai dos estados angustiosos com mais rapidez, tem uma conduta questionadora em relação às ordens dos pais e dos professores sem demonstrar rebeldia e sim interesse na busca de maior compreensão do por que agir dessa ou daquela maneira que está sendo-lhe imposta, apreendendo definitivamente a ocorrência. Tenderemos a obter no futuro, como fruto, a formação do caráter que se identificará com a atitude de um cidadão pleno que colabora para a constituição de uma sociedade forte.

A criança que desenvolve um bom caráter pela conscientização das suas virtudes terá um comportamento de acordo com os valores vivenciados e internalizados.  (...)   A formação do caráter começa pelo equilíbrio do temperamento, que é o meio de expressão das emoções, modos de sentir e reagir diante das coisas e situações. Assim, é fundamental que a criança aprenda a reconhecer antes as próprias emoções e reações. (MARTINELLI,1996, p.51-55).

                   Isso tudo é possível desde que o professor empenhe-se em oferecer aos seus alunos dedicação e verdade. Os valores amor, perdão, compreensão, cooperação devem fazer parte do dia-a-dia do docente habituando-se a todos esses fundamentos morais na sua vida servindo de exemplo para suas crianças.

Como prática estritamente humana jamais pude entender a educação como uma experiência fria, sem alma, em que os sentimentos e emoções, os desejos, os sonhos, devessem ser reprimidos por uma espécie de ditadura reacionista. Nem tampouco jamais compreendi a prática educativa como uma experiência a que faltasse o rigor em que se gera a necessária disciplina intelectual. ( ..) O preparo científico do professor ou da professora deve coincidir com sua retidão ética. É uma lástima qualquer descompasso entre aquela e esta. (FREIRE, 2002,p.54-10)











                  Neste contexto a vivência do professor somada à sua demonstração de um cidadão íntegro que discorre palavras de incentivo, compreensão e respeito aos seus alunos, sem repressões estará colaborando com o caminhar para uma sociedade escolar de qualidade sem preconceitos, sem violência, sem ameaças, sem assédio, são as situações agressivas conhecidas pelo termo em inglês “bullying”, sem alienação, dessa maneira impedindo que esse grupo escolar faça parte da lista das sociedades escolares maculadas.

                   Nessa perspectiva não só a criança carente afetivamente obterá condutas promissoras para a vida, outras crianças com outros tipos de emoções e também o professor desenvolverá o seu potencial criativo e emocional.


 Além do treinamento do professor, a alfabetização emocional amplia nossa visão acerca do que é a escola, explicitando-a como um agente da sociedade encarregado de constatar se as crianças estão obtendo os ensinamentos essenciais para a vida – isto significa um retorno ao papel da educação. Esse projeto maior exige, além de qualquer coisa específica no currículo, o aproveitamento das oportunidades, dentro e fora das salas de aula, para ajudar os alunos a transformar momentos de crise pessoal em lições de competência emocional. (GOLEMAN, 1996, p.294)


                  Busca-se com esse artigo conscientizar o professor da Educação Infantil a levar a educação emocional de maneira interdisciplinar na vida escolar de suas crianças, mas se for considerada irrealizável então que se sugira uma aula que tenha seu conteúdo o mais próximo do real cotidiano desses alunos. Segundo GOLEMAN (apud  ANTUNES, 1996, p.37) “Os anos da pré-escola são cruciais para deitar as bases das aptidões.”, nessa mesma perspectiva, o pesquisador LA TAILLE concedeu entrevista concedida à Revista Nova Escola (edição 213, p.26-30) afirmando que:
A dimensão moral da criança tem de ser tratada desde a pré-escola e se estender por toda a trajetória do aluno. O trabalho pode ser feito de forma simples ou sofisticada, não importa: o que a escola não pode é silenciar. Décadas atrás, tiraram a disciplina Educação Moral e Cívica do currículo. É bom que ela tenha sido eliminada por causa de sua ligação com a ditadura militar, mas o problema é que não colocaram nada no lugar. Moral, ética e cidadania se aprendem, não são espontâneas.


                  Cabe ressaltar ao professor da instituição escolar que inserir a aula de educação emocional  na grade curricular já na Educação Infantil, que sua sensibilidade, sua criatividade e seus conhecimentos didáticos são imperativos ao oportunizar situações para que seus educandos reflitam sobre as emoções que envolvem a atividade aplicada, não deixando de lado a sondagem e diagnóstico do contexto social, histórico e cultural no qual os seus alunos estão inseridos, para maior envolvimento dos mesmos.


Segundo NIDELCOFF apud HAYDT (2006, p.60) Ao trabalhar corretamente com o problema das subculturas, o professor procura captar toda a riqueza que as crianças trazem, para de fato aprender com elas. Portanto, não se relaciona com as crianças como se fosse o único que tem algo a ensinar, nem vê as crianças como seres nulos que devem aprender tudo; ao contrário, sabe que ele e as crianças têm que se relacionar dentro de um mútuo intercâmbio de ensinar-aprender.
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                 O desenvolvimento deste processo pode-se iniciar pela demonstração aos alunos de respeito e amizade que há entre os professores da sua escola, e a relação de amor e respeito entre professor e aluno, que é um dos princípios educacionais formulados por Pestalozzi, através de dinâmicas que podem ser realizadas em  dramatizações, segundo observação de  HAYDT (2006, p.179), esta técnica é de caráter formativo  por agregar a áreas cognitivas e afetivas dos alunos.

                  Outro aspecto importante que vale destacar é a grande possibilidade que há em se oferecer a estas crianças  instrumentos harmonizados com sua faixa etária que as beneficiará na compreensão de suas emoções e na ação da inteligência intrapessoal. Essas ferramentas são encontradas no programa da educação emocional em vários tópicos, por exemplo: autoconsciência,  autoconhecimento, autoestima, empatia, entre outros e com eles tornar possível transformar a raiva, a tristeza, a mágoa e o medo em ternura, alegria, compreensão, e amor que são mobilizados no cotidiano escolar: na entrada todos se saudando, na brinquedoteca, na hora do lanche, nos momentos de atividades em grupo com tinta, com bola, com instrumentos musicais; na saída despedindo-se uns dos outros.

Para DEWEY apud HAYDT (2006, p.21) Antes de existir como ser pensante, o homem é um ser que age. A criança deve adquirir o saber pela experiência e pela experimentação próprias. A escola precisa ajudar a criança a desenvolver o pensamento reflexivo, a capacidade de estabelecer relações, entre fatos e objeto, a habilidade para diferenciar o essencial do acessório e para remontar às causas e prever os efeitos.

                   Em relação à prática da dramatização dentro de um psicodrama seguem  alguns trechos de aulas de educação emocional na educação infantil, envolvendo essa técnica como recurso: Nesse momento a professora escolhe dois alunos para atuarem representando ou imitando os professores trocando ideias com camaradagem, elogios um com o outro. Repetiu algumas vezes a mesma ação chamando outras duplas. Em seguida, pediu que todos sentassem formando um círculo e conversarem sobre o que perceberam na prática da atividade. Quase todos deram seu depoimento sobre as emoções, valores envolvidos, e no que resultam essas atitudes dos personagens. A professora a todo o momento incentivando a participação e a percepção de todos. As crianças em todas as interpretações de início, foram totalmente dirigidas pela professora, as falas, os gestos por serem crianças de 3 e 4 anos, mas a partir de um certo momento dessa atividade é permitida uma liberdade de expressão, é  oferecido espaço para que seus alunos desenvolvam o diálogo. Além de construírem a conversação, encontram resultados benéficos para as situações da dramatização, isso é possível  após a educadora conferir que já se habituaram com o desenvolvimento da aula  e por terem percebido que essas dinâmicas envolvem os sentimentos, atitudes do  cotidiano.  Isso comprova que as crianças têm condições de compreenderem seus sentimentos e do outro, além de alcançarem recursos para lidarem com as circunstâncias na vida real se educados para isso.

                   A partir destas pode-se criar muitas outras situações favoráveis para a compreensão das emoções e atitudes dos pais principalmente, no sentido de revelar às crianças porque os pais discutem, porque os deixam todos os dias na escola, porque trabalham, porque exigem obediência, entre outras situações incompreensíveis no primeiro momento para as crianças, que esclarecidas começarão a compreendê-las e perdoa-las.

                   Para elevar a autoestima e autoconfiança da criança, que são duas ferramentas importantes para o desenvolvimento da sua capacidade de conduzir as próprias emoções e de integra-las com qualidade à aprendizagem cognitiva, é pontual efetuar a dinâmica do espelho. Elucidando que frente a um grande espelho, duas crianças podem observar os detalhes do seu próprio rosto e os detalhes do rosto do colega com a finalidade de perceberem a semelhança entre nós seres humanos, preparando-os para a empatia, outro instrumento necessário para a formação do caráter.

                  Outra técnica com o espelho foi utilizada por outra professora com alunos também de 3 e 4 anos. A docente em posse de um espelho pequeno chamou um aluno de cada vez, enquanto todos os outros realizavam uma atividade com massinha. A professora escondeu o espelho de todos os alunos, dentro de uma caixa toda enfeitada com papel colorido. Chama um a um e efetua a dinâmica em segredo absoluto aos cochichos, provocando a curiosidade de todos. A professora com a caixa em mãos diz a esse aluno que ali naquela caixa há a foto de uma criança que muito amada pela mamãe, pelo papai não só dele próprio, mas como de sua mamãe e do seu papai, apontando para o aluno que está ao lado dela. Ele franze a testa e olha para ela e para os colegas com expressão de incompreensão, arregalou os olhinhos querendo entender e saber quem era. Curioso olha para a professora perguntando quem é? Ela abre a caixa longe da visão dos outros alunos e o coloca em frente ao espelho.

                   Nesse exato momento a criança fica surpreendida com sua própria imagem. A professora em seguida pede segredo, ele não deve contar a ninguém o que viu. Feliz, o aluno volta para o seu lugar. Em seguida a professora realizou a mesma sequência e falas a cada um de seus alunos e o mistério foi conservado até o final da atividade entre olhares de mistério e risos.

                   Avaliou-se que a reação é muito diferenciada de criança para criança, algumas choram, outras dão gargalhadas e outras indiferentes dizem que já sabiam. O objetivo de  despertar e elevar a autoestima será alcançado se periodicamente aplicada essa dinâmica de maneiras diversas. Conveniente pedir à criança que repita a seguinte afirmação frente ao espelho:  “mamãe me ama; papai me ama; eu me amo; eu me cuido direitinho.”

                  Realizamos algumas oficinas de educação emocional, em creches e escolas infantis públicas e particulares conseguindo contribuir para resultados transformadores na habilitação das mentes para educar as emoções, na estabilidade emocional e descontração. Essas crianças permaneciam, durante todo o processo, em estado de relaxamento, confiança e bem-estar dentro da classe e na escola mesmo longe de seus pais por longos períodos, melhorando a olhos vistos a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Após esse nosso trabalho, projeto-piloto, que foi pelo período de três meses em cada instituição, ao todo seis instituições escolares,  nelas alcançamos um conjunto de elementos das famílias dessas crianças,  perante a uma entrevista e a um questionário com questões relacionadas ao desenvolvimento das suas crianças no comportamento familiar e social e também quanto ao emocional. Esses dados obtidos constataram a eficiência do programa de alfabetização emocional. As mães afirmaram que a percepção, a compreensão, a ansiedade, as teimosias e birras melhoraram consideravelmente. Tornaram-se crianças participativas, questionadoras, compreensivas, com maior disposição para a aprendizagem e responsabilidades como guardar brinquedos; caminhar ao lado dos pais em lugares públicos compartilhando tudo que apreciavam tornou-se normal enquanto antes corriam à frente dos pais desabalados; os conflitos entre os irmãos foram suavizados; expressam mais suas emoções procurando ajuda quando magoados, ou com medos, ou com raiva, assim os pais procuram recordar os trabalhos realizados nas aulas de educação emocional e  espelham nesses momentos críticos,  reduzindo portanto o tempo com essas emoções negativas em seus corações.  Os depoimentos dos pais foram significativos por relatarem que eles também se envolveram com o desenvolvimento da competência emocional melhorando o relacionamento do casal, e de ambos com amigos. Pois, em cada momento de discussão, sua criança lembrava que era negativo e pedia para que eles refletissem sobre o que estavam falando ou fazendo, como foi o caso de um pai que estava começando a ficar nervoso com um amigo. Essas crianças normalmente repassavam aos seus pais tudo que aprenderam nas aulas de educação emocional e sem perceberem estimulam a inteligência emocional de seus pais além de reforçarem a delas próprias.


(...) dezenas de casos analisados por Goleman mostram de forma absolutamente transparente que não só é possível ensinar-se a dominar as emoções, como já existem instituições que desenvolvem esses programas com extraordinário sucesso. ( ANTUNES,1996, p.11)


                   Outro aspecto que a alfabetização emocional desenvolve vai além da proposta da UNESCO de inserir no aprendizado quatro pilares do conhecimento: precisamos aprender a ser, a viver juntos, a fazer e a conhecer, esses resultados são alcançados e ainda acrescenta outros aspectos: desenvolver a consciência da participação, da inclusão e da igualdade que se estimula com a empatia que é uma das ferramentas do programa,  citada anteriormente. O Brasil se completa com o multiculturalismo e seus desafios: comunidades indígenas, comunidades quilombolas atuantes no território brasileiro,  os idosos, todos com o direito ao ensino. A educação emocional atuando também nesses grupos só vem a acrescentar benefícios, principalmente em seus descendentes que sofrem de carência afetiva, não provocada pelos pais, mas pela sociedade.

O que parece consensual é a necessidade de se reinventar a educação escolar para que possa oferecer espaços e tempos de ensino-aprendizagem significativos e desafiantes para os contextos sociopolíticos e culturais atuais e as inquietudes de crianças e jovens. CANDAU,2005 (apud CANDAU, 2009 p.13)

                  Nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’S – existe um enfoque especial na questão dos temas transversais. São temas especificados como Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual e temas sociais locais. O que a alfabetização emocional tem em comum com esta abordagem?

                   Este artigo vai de encontro a estas necessidades, de projetar condições aos educadores do Brasil a executarem estas questões levando as crianças, os indivíduos e as comunidades a adquirir habilidades como: saber ser, saber conviver com empatia, saber fazer, saber conhecer, saber participar, saber incluir,  na certeza de que os pensamentos, emoções e atitudes de cada um colaborarão para as respostas de problemas dentro de qualquer dos temas transversais, para isso é preciso desenvolver a competência do gerenciamento das emoções através da educação emocional, pois segundo Casassus:
(...) a necessidade de um clima emocional adequado dentro da sala. Nas instituições em que os alunos se dão bem com os colegas, não há brigas, o relacionamento harmonioso predomina e não há interrupções nas aulas, eles se saem melhor. Verificamos que o desempenho deles chegou a ser superior em 36% na nota média da prova de Linguagem e 46% na de Matemática. (...) Quando os estudantes se sentem aceitos, os músculos se distendem e o corpo relaxa. O reflexo disso é que eles se tornam mais seguros. Assim, o medo se reduz, as crianças ficam mais espontâneas e participativas e sem temor de cometer erros - quero sublinhar que o mecanismo da tentativa e erro é fundamental para aprender. Confiantes, elas são capazes de mostrar até mesmo o momento em que o interesse pelo assunto tratado em sala desaparece - e o porquê de isso ter ocorrido. Construir uma relação assim pode demorar, mas certamente nunca será desperdício de tempo. (CASASSUS, Revista Nova Escola, ed.218, p.28-32)  

                  Por fim, podemos declarar que ao relatarmos que os pais das crianças que passaram pelo programa de educação emocional, que eles também se envolveram com o desenvolvimento da competência emocional melhorando o relacionamento do casal, e de ambos com amigos, refletimos e conferimos que nós também desenvolvemos essa aptidão de reconhecer e gerenciar as emoções. Este estudo nos trouxe benefícios intra e interpessoais. Cada uma de nós de uma maneira diferente, mas despertou o nosso melhor, e a capacidade de refletir sobre os nossos conflitos internos, dos bloqueios, dos medos, das angústias que somatizaram em nosso físico sem percebermos. A partir desse trabalho, envolvidas em pesquisas, relatos e experiências nos fez potencialmente capazes de realizar, de transformar situações que nos trouxeram bem-estar emocional, físico e mental, que certamente decorrerão a favor da nossa vida como profissionais da educação com nossos educandos e com tudo e todos ao nosso redor. Propagaremos o melhor de nossa essência com a alfabetização emocional com nossos alunos e o resultado é notas mais altas, mães e pais mais tranquilos com o futuro dos seus filhos, por terem uma educação de qualidade.





















                  Os autores, pesquisadores que conhecemos através de suas obras e experiências para a confecção deste artigo, nos incentivam a prosseguir com o estudo das emoções e com o programa de alfabetização emocional. Conferimos que o estimulo da inteligência emocional nos favorecem as relações intrapessoais e interpessoais permitindo que haja maior aproveitamento das oportunidades em nosso entorno.

                  Confrontamos que o nosso desempenho não é determinado apenas pelo QI (quociente de inteligência intelectual) como se pensava, mas, especialmente pelo QE (quociente de inteligência emocional) que nunca deve se desvincular da inteligência racional ou intelectual, o QI. Nós humanos temos o poder de unir as duas inteligências para nosso benefício profissional, familiar, social inclusive para uma boa saúde, para uma boa qualidade de vida. As duas inteligências em equilíbrio abrem caminhos para a aprendizagem em qualquer fase da vida elevando assim a autoestima tão necessária para desenvolvermos outras habilidades que também favoreçam o outro em prol da construção de uma sociedade forte.

                   A educação emocional deve ser estendida além da Educação Infantil, seguir para campos não só da Educação Formal permeando a Educação Fundamental, Ensino Médio, e Universidades, mas também pela Educação Informal e a Não-Formal, com a meta de conduzir valores, ética, discernimento, reflexão, reconhecimento e gerenciamento das emoções para um desenvolvimento cognitivo promissor para toda a sociedade.

                   Concluímos nossas considerações com uma frase para reflexão:  “É com o coração que se vê corretamente; o essencial é invisível aos olhos”. SAINT-EXUPÉRY (2006, p. 38)

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